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Dos casos de dengue no Alto Tietê em 2024, 60% concentram nas cidades de Suzano e Mogi das Cruzes

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Juntas, as duas cidades somam 3.845 casos da doença, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. Número de casos de dengue na região em 2024 já superou em 12 vezes o total de confirmações em todo o ano passado. Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue — Foto: Reprodução/RBS TV Suzano e Mogi das Cruzes concentram a maioria dos casos de dengue no Alto Tietê. Segundo dados do Painel de monitoramento da Divisão de Dengue, Chikungunya e Zika do Estado de São Paulo atualizados nesta quarta-feira (27), as duas cidades somam 3.845 confirmações da doença em 2024 (2.135 em Suzano e 1.710 em Mogi), o que corresponde a 60% de toda a região, que contabiliza 6.353. As duas cidades, além de Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema e Santa Isabel estão em epidemia por causa da alta de casos de dengue. Quatro cidades da região também decretaram emergência e alerta devido à doença: Guararema, Mogi das Cruzes, Santa Isabel e Suzano. Além disso, o balanço também indica que o número de ca

Mogi vai para a fase vermelha e apenas serviços essenciais vão poder funcionar a partir de meia-noite, determina Prefeitura

Escolas públicas e particulares, igrejas, comércios, incluindo óticas, vão ficar fechados. Medida, segundo a Prefeitura, é necessária por causa da alta ocupação dos leitos de enfermaria e UTI na cidade.

Mogi registra 100% de ocupação nos leitos UTI; prefeito coloca cidade em fase vermelha

A partir da meia-noite desta quarta-feira (2), Mogi das Cruzes passa para a fase vermelha e os moradores vão precisar seguir regras mais rígidas para combater a disseminação do coronavírus. A ocupação dos leitos públicos de UTI e enfermaria chegou a 100% e, segundo o secretário municipal de Saúde, Henrique Naufel, a cidade beira o colapso.

A restrição será reavaliada em uma semana. Apenas serviços essenciais vão funcionar, como na Fase Vermelha do Plano São Paulo. Até mesmo escolas públicas e particulares vão ficar fechadas, além todo o comércio, incluindo óticas. Para associação comercial, "decisão de inserir cidade na fase vermelha gera incerteza ao comércio, que não tem tempo para se planejar" (veja detalhes abaixo).

Apesar de o Governo do Estado considerar igrejas atividades essenciais, o prefeito Caio Cunha afirmou que em Mogi será diferente.

O decreto está sendo elaborado na tarde desta terça-feira e ainda não há detalhes se alguns serviços vão ter autorização para funcionar, como a construção civil.

A motivação para a decisão da Prefeitura está na taxa de ocupação, que também é alta em hospitais particulares e no Luzia de Pinho Melo.


Na segunda-feira (1ª) a cidade passou a integrar a Fase Laranja, que permite o funcionamento de serviços não essenciais, desde que sigam restrições de público e horário. Com o aumento nos casos da doença e nos índices de ocupação hospitalar, a Prefeitura determinou novas regras.

"O mais importante, é especificar sobre a falta vermelha. Não é uma decisão fácil de ser tomada. É uma decisão difícil. A gente tentou encontrar alternativas para que o comércio tivesse um pouco mais de flexibilidade, mas não vai ser possível. A gente entende que o fechamento completo, mantendo apenas os serviços essenciais abertos é importante".

Cidade de Mogi das Cruzes — Foto: Ney Sarmento/Prefeitura de Mogi

Escolas
Na rede de ensino, tanto em escolas públicas, quanto privadas, todas as escolas ficarão impossibilitadas de abrir para aulas presenciais. A alternativa, segundo Caio Cunha, é retomar ao formato remoto, com aulas on-line.

"A gente já tem feito um trabalho nas escolas municipais de adaptação nesses últimos dias, até com um retorno, agora a gente está remanejando essa estrutura pedagógica para atender nossos alunos, pelo menos, durante esse período on-line", comentou o prefeito.

Desrespeito ao isolamento
Questionado sobre o isolamento social na cidade, Cunha apontou que os índices são péssimos. Para ele, o aumento nos casos de Covid-19 é consequência do período de carnaval, que gerou aglomerações em diversos pontos da cidade.

"Só no período de carnaval, a gente esvaziou quatro festas. Inclusive, alguns estabelecimentos comerciais de Mogi das Cruzes fizeram festas, casas noturnas, por aí vai. Final de semana, mesma coisa", aponta.

"Eu estou quase apresentando uma lei para trocar o nome da Guarda Municipal para ‘babá de marmanjo’, ‘babá de irresponsável’, que prefere um momento de prazer, um momento de diversão, e, infelizmente, coloca a saúde das pessoas em risco", desabafa.

Durante a Fase Vermelha, a Prefeitura promete realizar fiscalizações rigorosas com apoio da Polícia Militar. Ele destacou, também, que emitirá um decreto municipal com as novas regras, que devem valer até segunda-feira (7), quando o cenário será reavaliado.

Cunha afirmou, ainda, que encaminhou à Câmara Municipal, há cerca de duas semanas, um projeto de lei que endurece a multa para comerciantes que desrespeitam as restrições da pandemia. Atualmente, o valor é de R$ 1,8 mil.

"O cara vinha aqui na Prefeitura e falava que R$ 1,8 mil ele tira da carteira dele. Ou seja, ele coloca esse valor no operacional dele e continua fazendo festa. Agora, com o projeto de lei, ele vai aumentar essa multa e já ser pontuado, além do valor da multa, o estabelecimento pode até ser lacrado fisicamente".

Comércio
A Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) divulgou nota nesta terça pedindo mais diálogo e planejamento com o poder público. "A entidade se solidariza com o atual momento da pandemia de Covid-19, mas ressalta que é necessária uma comunicação prévia para que os comerciantes possam se organizar, especialmente na questão dos estoques e comunicação dos colaboradores", disse.

Ainda de acordo com a Associação Comercial, a decisão de colocar Mogi na fase vermelha, anunciada nesta terça-feira (2), foi tomada independente da classificação do governo estadual, que inseriu a Região Metropolitana na fase laranja.

"A diretoria da ACMC alerta que as constantes oscilações no Plano São Paulo trazem incertezas e impactos ao comércio, pois as medidas anunciadas sem tempo hábil inviabilizam que os comerciantes planejem os estoques, ações e rotinas de trabalho", afirmou.

De acordo com a presidente da ACMC, Fádua Sleiman, as alterações constantes geram insegurança jurídica aos empreendedores. “Além dos comerciantes serem impactados pela falta de planejamento na reclassificação do Plano São Paulo, Mogi deveria ter conversado com o comércio antes”, reforça.

A ACMC defende que a campanha de vacinação seja reforçada para que as pessoas possam ficar seguras e a atividade econômica seja retomada.

“Precisamos de uma articulação entre os governos para conseguir mais doses e garantir uma imunização em massa. O comércio tem seguido deste o início todas as recomendações da Vigilância Sanitária, não vamos baixar a guarda e pedimos a colaboração de todos para continuar com o distanciamento social e as regras de higiene”, pede a presidente.

Por G1 Mogi das Cruzes e Suzano

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