Muitos haviam voltado para casa após enchente da semana passada.
Água do Guaíba voltou a subir em Porto Alegre e pode atingir novo recorde, com 5,50 metros — Foto: Anselmo Cunha/AFP |
As fortes chuvas que caíram no fim de semana deixaram o Rio Grande do Sul em alerta para novas inundações. Neste domingo (12), a Defesa Civil do estado e o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres (Cemaden) informaram que a situação deve se agravar entre segunda (13) e terça-feira (14), com inundações severas e possíveis deslizamentos.
As áreas afetadas são as mesmas que já foram atingidas por enchentes causadas pelas chuvas que começaram no fim de abril: o centro-norte e o nordeste do estado e a Região Metropolitana de Porto Alegre.
Na capital, o nível do Guaíba deve subir de novo e pode bater 5,50 metros, o que seria um novo recorde. No sul do estado, a Lagoa dos Patos não para de subir. As enchentes avançam sobre as cidades de Pelotas, Rio Grande e São Lourenço do Sul.
O Fantástico mostrou que muitos moradores não querem sair, apesar do risco crescente.
O boletim mais recente da Defesa Civil, de domingo, indica que são 145 mortos e 132 desaparecidos. Mais de 600 mil pessoas estão fora de casa, mais de 80 mil estão vivendo em abrigos.
Risco iminente
Em Lajeado, no Vale do Taquari, bombeiros passaram a tarde tentando convencer moradores a deixarem áreas próximas do Rio Taquari, que pode voltar a atingir 30 metros.
A Defesa Civil alertou que a cheia dos rios Taquari e Caí devem causar inundações severas e pediu que a população dessas regiões não retornem aos locais que foram inundados nos últimos dias.
Frio, vento e ressaca
A previsão do tempo indica que a chuva deve continuar na madrugada e começa a diminuir durante o dia nesta segunda. A trégua deve ir até quarta (15), mas o problema passa a ser o frio. Há chance de geada no extremo sul do estado.
Na quarta, Porto Alegre deve ter mínima de 8ºC. Em Caixas do Sul, a previsão é de geada e mínima de 2ºC.
Além disso, o vento vai mudar de direção e soprar na direção sudeste. Isso dificulta o escoamento da água que desce do Guaíba para a Lagoa dos Patos em direção ao Oceano Atlântico.
E a formação de um ciclone extratropical no oceano provoca ressaca no litoral de RS e Santa Catarina, com de até 3 metros de altura. Isso também prejudica a saída da água.
Fonte: G1